Fatores de risco mais comuns

Ao investir em empreendimentos imobiliários financiados por dívida (e/ou com um alto nível de pré-vendas exigido), há certos riscos específicos que vale a pena considerar. Esses fatores podem afetar tanto a lucratividade esperada quanto a viabilidade do projeto. Aqui estão os mais comuns:

  1. O risco de inadimplência financeira é a possibilidade de o projeto não gerar fluxo de caixa suficiente para pagar juros ou reembolsar o capital emprestado. Geralmente surge quando as vendas ou os aluguéis ficam aquém das projeções.

  2. Risco de refinanciamento: ocorre quando a dívida de curto prazo precisa ser rolada, mas o mercado oferece condições mais exigentes ou não há acesso ao financiamento. Isso pode colocar em risco a continuidade do projeto.

  3. Risco de taxa de juros: em estruturas com dívida de taxa flutuante, um aumento nas taxas de juros pode reduzir a lucratividade ou até mesmo inviabilizar o negócio. Esse risco aumenta em contextos macroeconômicos instáveis.

  4. Algumas estruturas de dívida incluem cláusulas que permitem que o credor exija o pagamento antecipado se determinados compromissos forem descumpridos. Isso pode acelerar o tempo de pagamento e forçar desinvestimentos não planejados.

  5. Risco de pré-vendas insuficientes | Muitos projetos dependem da obtenção de um número mínimo de unidades vendidas antes do início da construção ou do acesso ao financiamento. Se isso não for alcançado, o projeto poderá ser adiado ou cancelado.

  6. Risco de custo imprevisto: aumentos em materiais, mão de obra ou despesas operacionais podem alterar o orçamento original e afetar a lucratividade ou o desempenho do pagamento.

  7. Atrasos no licenciamento, na construção ou na entrega afetam diretamente os fluxos de caixa projetados, reduzindo os retornos e gerando custos de financiamento mais altos.

  8. Risco de vacância ou de baixa absorção: Uma vez concluído o projeto, pode não haver demanda suficiente para alugar ou vender à taxa esperada, comprometendo o fluxo de caixa.

  9. Risco de excesso de oferta | A entrada simultânea de vários projetos semelhantes na mesma área pode saturar o mercado, pressionando os preços para baixo.

  10. Risco legal ou regulatório | Mudanças regulatórias, conflitos com regulamentos de uso da terra ou ações judiciais podem atrasar ou paralisar o projeto.

  11. Risco do desenvolvedor/construtor: se a empresa responsável tiver problemas financeiros, de gerenciamento ou de reputação, o projeto poderá ser prejudicado em termos de qualidade, prazo ou continuidade.

  12. Risco de qualidade da construção| Falhas técnicas ou defeitos ocultos podem levar a custos adicionais pós-entrega, reclamações legais e perda do valor do ativo.

  13. Risco de reputação: Qualquer escândalo, conflito com compradores ou incidente durante a construção pode afetar a percepção do projeto e seu valor.

  14. Risco cambial: em países com alta volatilidade, a diferença entre a moeda de financiamento e a moeda das receitas projetadas pode deteriorar as margens.

  15. Risco de falta de liquidez - Sair de um projeto imobiliário antecipadamente geralmente significa aceitar descontos significativos, pois os ativos nem sempre são vendidos rapidamente ou a um bom preço.

  16. Se a relação entre o EBITDA e o serviço da dívida for muito baixa, isso pode disparar alertas dos credores ou restringir os dividendos.

  17. Contaminação do solo, descobertas arqueológicas ou conflitos com comunidades podem levar a custos imprevistos ou paralisações.

  18. Risco de conflitos corporativos | As diferenças entre parceiros, investidores ou patrocinadores podem afetar a tomada de decisões, gerar atritos ou até mesmo levar a litígios.

  19. Risco de concentração de compradores | Ter poucos compradores grandes (por exemplo, um único investidor institucional) pode ser arriscado se um deles ficar inadimplente ou se retirar.

  20. Risco de saída forçada ou antecipada | Diante de necessidades de liquidez ou pressões externas, uma venda pode ser forçada antes do momento ideal, perdendo assim valor.